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10 mulheres pretas que fizeram história

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10 mulheres pretas que fizeram história

Ser mulher nunca foi fácil. Desigualdade, preconceito e pré-julgamento sempre existiram e acredito que demorará muito para conseguirmos atingir um patamar totalmente igualitário perante aos homens – Se é que iremos atingir um dia (Me desculpe, a vezes fico bem desanimada com tantas atrocidades no mundo).

Ao mesmo tempo que assistimos e lutamos diariamente a favor do feminismo, também avistamos atos de crueldade e machismo contra sociedade feminina. Muito se conquista mas ainda há muito a se conquistar.

Porém hoje estou aqui para falar sobre essas grandes mulheres, mulheres pretas que lutaram não apenas contra o preconceito feminino mas ao fato de terem pele escura. Uma luta que nasceu com elas e que infelizmente ainda as assombra e as mata diariamente.

Faz um tempo estamos assistindo a uma onda de protestos anti-raciais que dominam o mundo inteiro em busca de uma sociedade igualitária e justa, e tendo isso em mente, sinto a necessidade de compartilhar com vocês histórias de luta de grandes mulheres pretas da história.

Harriet Tubman (1822 – 1913)

Harriet Tubman

Norte-Americana, nasceu em uma família de escravos e planejou a vida inteira uma fuga da fazenda onde era mantida. Aos 27 anos, conseguiu finalmente fugir. Além de ter conseguido escapar, Harriet planejou diversas viagens de resgate e conseguiu salvar mais de 70 famílias.

Durante a guerra-civil americana (1861 – 1865), Tubman se ofereceu para servir e comandou mais de 150 soldados. Além de comandar as tropas, ela também foi espiã e conseguiu libertar, durante a guerra, mais de 700 escravos.
A mulher se tornou um grande símbolo da luta contra a escravidão. Em 2020, seu rosto estampará as notas de 20 dólares.

Mary McLeod Bethune (1875-1955)

Mary McLeod Bethune

Mary McLeod Bethune foi uma educadora, filantropa e ativista dos direitos civis norte-americana que ficou conhecida por abrir uma escola particular para afro-americanos na Flórida.

Mary era chamada de “A Primeira-Dama da Luta” devido a sua luta por condições melhores de trabalhos para os afro-americanos. Bethune arrecadou dinheiro e apoios de outros filantropos e conseguiu transformar a escola em uma faculdade, que viria se tornar a Universidade Bethune-Cookman.

Mary também foi conselheira do presidente Franklin D. Roosevelt, e conquistou o famoso “Gabinete Negro”.

Dandara de Palmares (?-1694)

Dandara de Palmares

Dandara foi a companheira de Zumbi dos Palmares, o líder quilombola brasileiro e o último dos líderes do Quilombo dos Palmares.

Dandara foi um dos principais nomes da resistência quilombola do Brasil no século XVII, e lutou em muitas guerras de resistência contra os colonizadores. Infelizmente, foi capturada e morta por eles, junto a outros quilombolas, em fevereiro de 1694.

Mesmo não sabendo ao certo a data e o local de nascimento de Dandara, acredita-se que ela seja naturalmente Brasileira e tenha vivido no Quilombo dos Palmares desde sempre. O Quilombo dos Palmares localizava-se na Serra da Barriga, região onde agora atualmente encontra o Estado de Alagoas, e foi o maior quilombo do período colonial.

Shirley Chisholm (1924 – 2005)

Shirley Chisholm

Shirley Anita St. Hill Chisholm foi uma política, educadora e autora norte americana que ficou conhecida por ser a primeira mulher negra a ser eleita pelo Congresso norote-americano, em 1968. Ela também foi a primeira mulher negra a concorrer a presidência do Estados Unidos, em 1972.

Durante o seu cargo como deputada estadual, Shirley desenvolveu e patrocinou um programa chamado SEEK (Search for Education, Elevation and Knowledge), que tinha como objetivo fornecer aos alunos desfavorecidos a chance de entrar em uma faculdade.

Ellen Johnson Sirleaf (1938)

Ellen Johnson Sirleaf | Foto: ISS Africa

Ellen Johnson Sirleaf é uma política liberiana que foi presidente da Libéria entre 2006 e 2018. Ela foi a primeira mulher a ser eleita presidente na Africa.

Em 2011, Ellen ganhou o Prêmio Nobel da Paz pelos seus esforços para levar o nome de grandes mulheres ao process de manutenção da paz.

Sirleaf foi também eleita presidente da Comunidade Econômica do Estados da África Ocidental (ECOWAS), tornando-se, assim, a primeira mulher a ocupar esse cargo.

Henrietta Lacks (1920 – 1951)

Henrietta Lacks

Henrietta Lacks (Loretta Pleasant) foi uma mulher negra revolucionária da Medicina, que ficou conhecida por ser a primeira doadora involuntária de células cancerosas, utilizadas para o desenvolvimento da primeira linhagem celular imortal da história.
Essa linhagem de célula, dependendo das condições, pode se reproduzir infinitamente, e tornaria as células de Henrietta extremamente essências no meio ciêntífico.

Seu ato revolucionário foi ignorado por décadas e veio ganhar reconhecimento apenas em 1966,  quando a Faculdade de Medicina Morehouse, em Atlanta, fez sua primeira Conferência HeLa da Saúde da Mulher. A data da conferência, 11 de Outubro de 1966, passou-se, então, a ser o Dia de Henrietta Hacks.

Sueli Carneiro (1950)

Sueli Carneiro | Foto: Marcus Steinmayer

Aparecida Sueli Carneiro Jacoel é uma filósofa, escritora e ativista antirracista do movimento social negro do Brasil. Sueli é considerada uma das mulheres negras mais importantes da atualidade devido á sua luta contra racismo, feminismo e a criação do Geledés Instituto da Mulher Negra, um dos principais órgãos independentes de consciência racial no Brasil. 

Sueli é uma das principais autoras do movimento feminista negro e foi uma das principais responsáveis pela implementação das cotas raciais nas universidades brasileiras.

Mae Jemison (1953)

Mae Jemison | Foto: NASA

Mae Carol Jemison é uma engenheira e ex-astronauta norte-americana e foi a primeira mulher negra a ir a espaço, em 1992. Sua ida ao espaço foi parte da missão a bordo no ônibus espacial Endeavour, na qual Carol serviu como especialista de missão. 

Carol foi uma das 15 sselecionadas para o programa de formação de astronautas da NASA, que contou com mais de 2 mil pessoas.

Tia Ciata (1854 – 1924) 

Tia Ciata

Tia Ciata (Hilária Batista de Almeida) foi uma cozinheira, mãe-de-santo e uma das figuras mais influentes do surgimento do samba carioca.

Tia Ciata tornou-se um símbolo da resistência negra no Brasil e uma grande incentivadora do samba após ceder sua casa para rodas de samba – Naquela época, a prática ainda era proibida por lei.
A Matriarca do Samba, como ficou conhecida posteriormente, foi uma das mais famosas tias baianas e reuniu em sua casa grande nomes do samba, como Donga e Mauro de Almeida.

Bessie Coleman (1892 – 1926)

Bessie Coleman

Elizabeth Coleman foi uma aviadora norte-americana que ficou conhecida por ser a primeira mulher preta a se tornar piloto nos Estados Unidos e a conseguir a licença de piloto internacional.

Durante sua carreira, Bessie recebeu diversos apelidos como “Rainha Bess” , “Bessie Corajosa” e “A única raça aviadora no mundo” devido ao seu jeito nada convencional de voar. Seu grande objetivo sempre foi incentivar mulheres e afro-americanos a alcançar seus sonhos.

Infelizmente, Bessie perdeu sua vida em um acidente de avião quando tinha apenas 34 anos, mas sua vida segue inspirando muitas pessoas a lutarem pelo que desejam.

Histórias como a dessas mulheres nos inspiram e nos dão força para acreditar em uma sociedade melhor. O fato é que história de mulheres vencedoras como essas acima existem ao redor do mundo inteiro e são vivida todos os dias. O que falta é uma oportunidade para todas mostrarem quem são.

Chega de preconceito e de desigualdade por conta da cor da pele e por conta de gênero.
Mulheres unidas!
Sempre!

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